Gavião e cão da raça Border Collie são os novos membros da Equipe Fauna do Aeroporto de Brasília

Os animais trabalharão para afugentar animais que representam risco para a operação aeroportuária. O uso de cachorros e gaviões é conhecido nas ações de gerenciamento de risco em aeroportos no exterior.


Brasília, 06 de setembro de 2022 – O Aeroporto de Brasília acaba de ganhar dois novos funcionários, o Zeca, um cão da raça Border Collie de 4 anos e o Tupã, um gavião-asa-de-telha de 9 anos. Os animais passam a integrar a Equipe de Fauna da Inframerica, administradora do terminal brasiliense, onde trabalharão no pátio de aeronaves ajudando a afugentar pássaros e outros animais invasores das áreas próximas às pistas de pousos e decolagens do terminal.


O Zeca e o Tupã foram treinados e vão ajudar a “equipe humana” no trabalho diário para assegurar a segurança das operações aéreas do aeroporto.

O gerenciamento do risco da fauna é um trabalho exercido pela equipe de Meio Ambiente da concessionária, que trabalha para remover atrativos para a área do aeroporto, afugentar e capturar animais que adentram o sítio aeroportuário para manter as operações seguras. Animais que eventualmente são capturados são soltos na natureza, em área distante do Aeroporto de Brasília. Desde que assumiu a administração do Terminal, a Inframerica realiza o gerenciamento de Fauna em todo o aeródromo e monitora a Área de Segurança Aeroportuária (ASA).

O uso de cães e gaviões em aeroportos para o manejo de fauna nas áreas operacionais não é uma novidade. Fora do país e em alguns aeroportos brasileiros, a prática já é adotada. “O Zeca é um cachorrinho extremamente obediente, educado, de linhagem indicada para a prática da atividade por aprender comandos complexos”, explica Anelize Scavassa, líder de Fauna, responsável pelo cão.

O Zeca foi submetido a testes, afugentando as aves que pousavam na área operacional no Aeroporto de Brasília, onde seu desempenho e adaptação ao trabalho foram observados de perto.

“Sou apaixonada por animais, por isso sou bióloga. O Tupã (gavião) foi treinado e exercitado para a tarefa. Trabalho para que ele esteja no peso ideal para apenas afugentar as aves, não capturar. Os dois serão de grande ajuda no nosso trabalho no aeroporto. A escolha do uso de dois predadores para o afugentamento das aves é muito promissora. As aves, com o tempo, se acostumam a ações corriqueiras de afugentamento tradicionais como viatura, buzina, sirenes, etc. Já os predadores naturais causam medo inato nas aves, que não se acostumam com a presença dos animais e começam a evitá-lo pelo risco aparente de predação.”, conta a especialista.

Segundo Anelize, os animais vão auxiliar as operações do Aeroporto de Brasília. “O Zeca já é um cão completamente treinado, obedecendo de imediato todos os comandos. Após muitos testes com as pistas fechadas, agora conseguimos trabalhar com eles nas margens das pistas de pousos e decolagens e, só com os comandos, conseguimos garantir que eles não acessem a área de movimentação. Eles não ficam soltos, sempre há um condutor treinado acompanhando os animais.”, diz.



Além dos animais, a Equipe Fauna também utiliza outras técnicas para afastar animais das áreas operacionais. O comportamento dos bichos e de toda a vegetação da região são estudadas ano a ano pela equipe para diminuir os atrativos na área. A limpeza e o manuseio dos resíduos do terminal também são importantes para não deixar animais se aproximarem de áreas sensíveis.

O Zeca e o Tupã estão devidamente credenciados para poder acessar o pátio de aeronaves, área restrita do Aeroporto de Brasília e prontos para o trabalho!


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