Com quase 700 aeronaves, Nordeste tem primeiro evento de aviação geral em outubro

A região abriga 46 aeródromos no Ceará, onde será realizada a primeira edição do AviationXP Nordeste, na região metropolitana de Fortaleza.


Dados obtidos pelo Anuário de Aviação 2023, organizado pelo Instituto Brasileiro de Aviação, mostram que o Nordeste possui uma frota de 698 aeronaves de aviação geral e o Brasil possui a segunda maior frota da categoria no mundo, atrás somente dos Estados Unidos. Ao todo, são 13.565 aeronaves. Além disso, a região Nordeste está conectada ao país através dos aeroportos e dos aeródromos. Só no Ceará, são 46 aeródromos; seguido de Pernambuco, com 41; no Rio Grande do Norte, 16; nas Alagoas, 15; na Paraíba, 13; em Sergipe, 3; e na Bahia, chegam a 135 aeródromos.

O Anuário ainda informa que, em 2022, foram realizadas mais de 150 mil operações de aviação executiva, movimentando cerca de 88 milhões de passageiros nesse período. A expectativa é que, até o final deste ano, o Brasil alcance 10.000 aeronaves no segmento de aviação executiva.

A primeira edição do Aviation XP Nordeste será no Aeródromo Dias Branco, aeroporto localizado em Jaboti, no município de Eusébio (CE). O evento, que acontece nos dias 25 e 26 de outubro, promete impulsionar o setor da aviação ao reunir um público seleto de aviadores, empresários do ramo e potenciais compradores. Haverá exposição de aeronaves e empresas qualificadas de aviação geral, com o objetivo de promover negócios e networking.

O formato de evento já está consolidado no Centro-Oeste e também no Sul, e agora chega ao Nordeste. Na mais recente edição, em Goiânia, o Aviation XP recebeu 3.660 visitantes e 14 modelos de aeronaves.

Proibição de uso de celulares no lado restrito do aeroporto deve ser ampliada para outras localidades

 Medida foi alvo de protesto de parte de funcionários do aeroporto de Guarulhos, provocando, entre atrasos (maior que 15 minutos) e cancelamentos, impacto em 40% dos voos programados para o dia 03 de outubro no maior aeroporto do país


A proibição do uso de celulares no chamado lado AR do Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, provocou uma série de manifestações e protestos na semana passada por parte de funcionários que prestam serviços em solo no aeroporto. O movimento causou atrasos e cancelamentos e foi classificado como ilegal, pois se posiciona contra a portaria da Receita Federal ALF/GRU nº 57, criada para ampliar a segurança do sítio aeroportuário. A novidade é que a restrição deverá ser ampliada para outros aeroportos no país.

Após reunião com diversas outras autoridades, a Receita Federal anunciou na semana passada o estudo para ampliar a proibição ao uso de celulares na área restrita em outros aeroportos do país também para aumentar a segurança contra o terrorismo e o combate ao tráfico de drogas. As quadrilhas de tráfico internacional de entorpecentes têm aliciado trabalhadores com acesso às bagagens dos passageiros para manipular as etiquetas e as malas. Com o auxílio de celulares e de mensagens de texto e imagem, passam informações para os demais integrantes da quadrilha, como ficou comprovado em investigação da Polícia Federal.

No dia seguinte às manifestações do dia 03, tendo como referência ação penal de 2020 sobre tráfico de drogas, o Ministério Público Federal convocou representantes das empresas aéreas, das empresas de apoio em solo, da administração aeroportuária de Guarulhos, dos sindicatos dos trabalhadores, e convidou também diversas autoridades públicas para uma reunião de emergência. Houve consenso no sentido de que medidas de restrição nas áreas sensíveis são necessárias e caracterizou como ilegal as manifestações.

A recente portaria publicada pela Receita estabelece que os colaboradores que transitam em áreas sensíveis de GRU Airport não devem usar aparelhos que captam imagens, sendo assim, está proibido o uso de celulares sem o controle das autoridades nestas áreas.

Para garantir que os colaboradores não fiquem incomunicáveis, desde agosto as empresas que prestam serviços no sítio aeroportuário criaram um canal de emergência, através do qual os colaboradores possam ser contatados a qualquer momento. Foi viabilizado também local para armazenagem dos celulares particulares dos colaboradores, quando necessário. Além disso, as empresas adquiriram centenas de celulares e tabletes, bem como respectivos softwares, para fazer frente às necessidades das operações aéreas e das normas da Receita Federal.

“O movimento de paralisação de alguns trabalhadores na semana passada foi considerado irregular: além de contestarem a determinação de autoridade pública, prejudicaram passageiros do Brasil todo, pois voos cancelados em Guarulhos criam uma onda de atrasos nas demais linhas aéreas. Os grevistas se esqueceram que optaram por trabalhar numa atividade essencial, e isso não é brincadeira”, disse Ricardo Aparecido Miguel, presidente da Abesata (Associação Brasileira das Empresas de Serviços Auxiliares de Transporte Aéreo). E completa: “Para aqueles que são extremamente dependentes do celular e não querem se submeter à central de emergência criada pelas empresas de ground handling resta partir para outros desafios, fora dos pátios de aeronaves, terminais de passageiros e carga aérea”.

Hoje, as empresas de ground handling no Brasil respondem por 95% das operações em solo, desde a limpeza de aeronaves, com foco na sua desinfecção, transporte terrestre e atendimento de passageiros, tripulantes, check-in, manuseio de carga, canal de inspeção - security - para embarque de passageiros, bagagens e cargas aéreas, entre outras modalidades.

 Mais informações em www.abesata.org