Aeroporto de Brasília recebe certificação ambiental por redução de emissão gases de efeito estufa em 2017

Terminal aéreo diminuiu emissão de CO2 após adotar fontes de energia renováveis.


O Aeroporto de Brasília reduziu em 1733 toneladas a emissão de dióxido de carbono (CO2) ao longo de 2017 após adotar fontes de energia renováveis. Esta diminuição equivale ao plantio de mais de 12 mil árvores em um projeto de reflorestamento. A quantificação foi realizada pela Comerc Energia e a consultoria de gerenciamento energético Sinerconsult, e coloca o terminal aeroportuário brasiliense como o único do país a deter esta certificação.

Desde o ano passado, o Aeroporto de Brasília deixou de adquirir energia elétrica do mercado regulado e passou a negociar diretamente no mercado livre. Neste setor, há maior variedade de fontes de energia, como de matriz eólica, solar ou mesmo pequenas centrais hidrelétricas e que geram menor impacto ambiental. Até agosto de 2018 foram substituídas mais de 10 mil lâmpadas fluorescentes pelo tipo LED, mais eficientes e sustentáveis que as anteriores. Com a adoção destas medidas de eficiência energética, o aeroporto também conseguiu uma economia de R$ 1 milhão na conta de energia.

Para Juan Djedjeian, diretor de operações da Inframerica, administradora do Aeroporto de Brasília, a certificação significa um retorno importante aos investimentos feitos na melhoria da sustentabilidade do Terminal aéreo. “Desde 2017 reduzimos ainda mais o impacto ambiental do Terminal. Passamos a consumir energia limpa, substituímos boa parte da iluminação por uma alternativa mais sustentável e pretendemos seguir com a melhoria da sustentabilidade. ”

Além das renovações na infraestrutura, o Aeroporto de Brasília busca melhorar também as práticas diárias. Também no ano passado foi iniciada a coleta seletiva de lixo em todo o aeroporto. Além dos funcionários da Inframerica, a separação do lixo também alcança os espaços públicos por onde passam os mais de 50 mil passageiros diários do Aeroporto de Brasília. Mensalmente, foram recicladas em média 18 toneladas de resíduos e destinadas aos centros de reciclagem específicos.

Ainda em 2017, como forma de compensação florestal, a Inframerica iniciou o plantio de 74.340 mudas nativas do Cerrado em áreas pertencentes ao Zoológico de Brasília e no Parque das Aves. O plantio será monitorado por 2 anos e garantirá a recuperação dessas áreas com a formação de um bosque.

A Inframerica perfurou dois poços artesianos com autorização da Adasa e que oferecem água bruta para combate a incêndios, irrigação e sistema de climatização, o que representa a diminuição no consumo de água potável, que deve ser utilizada prioritariamente para o abastecimento humano. Isso representou, em um ano, deixar de consumir 9 milhões de litros de água potável provenientes do sistema de abastecimento da CAESB no período em que o Distrito Federal passava pela crise hídrica.

Para o próximo ano, a Gerência de Meio Ambiente da Inframerica estuda novas tecnologias para geração de energia limpa e com redução de poluentes. Além disso, estão nos planos implementar formas de reuso de água e a diminuição de resíduos gerados e destinados ao aterro sanitário. Dentre as tecnologias estudadas, uma das mais viáveis é a utilização do resíduo gerado pelo Aeroporto de Brasília como combustível para a geração de energia limpa. Além disso, a empresa avalia a viabilidade da implantação de sistema de energia solar para abastecimento de parte do Terminal de Passageiros.

Todos esses esforços estão alinhados com as melhores práticas internacionais e recomendações da Organização de Aviação Civil Internacional. Assim, as medidas adotadas pela Inframerica contribuem para a redução do impacto do setor aéreo brasileiro no meio ambiente e na mudança do clima.

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