Especialista em cargas especiais dá dicas de como preparar o pet para uma viagem aérea


Uma preocupação de muitos donos de cachorros e gatos de estimação é o que fazer com os bichinhos na hora de uma viagem. Muitos pensam que o voo é estressante demais e acabam optando por não levar os pets. Para o especialista em cargas aéreas especiais, Fernando José Oliverio, do Centro de Treinamento para Transporte Aéreo de Cargas Especiais da Modern Logistics, o voo é tão seguro para pessoas quanto para animais de estimação.
Oliverio explica que o peso do animal e as dimensões da embalagem é que vão definir se o animal viaja na cabine, junto com o dono, quando isso é permitido pela companhia aérea, ou no compartimento de carga especial na aeronave. “Mas não é preciso se preocupar, os compartimentos de carga das aeronaves possuem controle de temperatura e pressão para garantir o conforto dos pets”, explica o gerente o geral.

O mais importante, na visão do especialista, é planejar a viagem, assim animais e donos ficam menos estressados. Os preparativos começam com a reserva. No momento de comprar a passagem é preciso informar que pretende viajar com um animal de estimação. Isso porque o espaço para animais vivos nas aeronaves é limitado. “No momento da reserva, a companhia aérea vai dizer com quanto tempo de antecedência passageiro e animal de estimação precisam se apresentar no aeroporto”, esclarece Oliverio, que atua na área de cargas especiais há 27 anos.

Se passageiros precisam de passaporte ou documento de identidade, dependendo do destino da viagem, documentos também são exigidos para os pets. Para o exterior, todos precisam viajar com Certificado Zoossanitário Internacional (CZI), atestados de saúde e vacinação, e os donos devem procurar saber quais são os documentos necessários para ingressar no outro país. As exigências variam de um país para outro.

Nos voos domésticos a exigência é a Guia de Trânsito Animal (GTA), além dos certificados de saúde e vacinação em dia, mas gatos e cachorros ficam fora desta regra. “O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, dispensa a exigência da emissão de GTA para o trânsito nacional de cães e gatos. Eles deverão estar acompanhados de atestado sanitário emitido por médico veterinário, comprovando a sua saúde e o atendimento às medidas sanitárias definidas pelo serviço veterinário oficial e pelos órgãos de saúde pública, com destaque para a comprovação de imunização contra a raiva”, explica Oliverio.

Depois de escolher a embalagem adequada para o pet, é hora de começar a prepará-lo para a viagem. Uma das dicas é acostumar o animal na embalagem, deixando-o lá dentro um curto período de tempo por dia, aumentando gradativamente. Isso deve ser feito com 10 ou 15 dias antes do embarque, se possível.

“Para evitar enjoos, ofereça apenas alimentos leves, 3 ou 4 horas antes da viagem. A bordo, nos casos de animais na cabine, evite alimentar o pet. Dê apenas água pouco antes da decolagem.” Sedativos não são recomendados, tampouco viagem com animais que acabaram de ter filhotes ou que eventualmente estejam prenhes.

A base do Centro de Treinamento para Transporte Aéreo de Cargas Especiais da Modern Logistics é em Jundiaí (SP), mas oferece programas in company em todo o Brasil. São consideradas cargas especiais no transporte aéreo os artigos perigosos em geral (aqueles que podem explodir ou incendiar, por exemplo), animais vivos, restos mortais, cargas perecíveis e de alto valor agregado. www.modern.com.br.